segunda-feira, 16 de abril de 2012

É possível ser feliz sozinho?

A pergunta que nunca se cala, "É possível ser feliz sozinho?" *suspiro*
Precisa de muita maturidade para poder balancear a solidão. Não é algo que simplesmente pode acontecer em apenas um segundo e logo no outro desistir. Solidão é algo que se adquire, querendo ou não. 

Aqueles que obtém por simplesmente não possuírem escolha são pessoas que acabam endurecendo na vida. São pessoas admiráveis que passam por dificuldades enormes e acabam evoluindo. São pessoas que possuem os pés fixos na terra e não importa se possuem crença, farão ou terminam consigo mesmos tentando fazer.

Já aqueles que optaram por ter sua própria companhia, resultam de um trauma forte que sofreram. Pessoas que perdem partes de suas sanidades, partes de suas perícias sociais e pessoas que acabam desistindo. Varia de cada um, varia de como pode ser encarado a situação. É muito fácil julgar a teus olhos sobre a situação alheia. Infelizmente existem tolos aos montes que julgam sem nem passar pela situação. E só, somente só, terão consciência de como ou o quanto ruim é. 

Por fim, o terceiro onde dentre a opção de solidão, são aqueles que acabam ficando reclusos por causa da própria personalidade. Passam a desconfiar de todos, ve os outros como apenas pessoas que não lhe adicionam nada em sua vida, e socialmente abandonam tudo, preferindo ficar só confiantes a si mesmos. O mundo visto por esta gente é preto e branco. São poucos, mas esta gente geralmente mistura qualquer classe social e sofre penadamente.

E então, é mesmo feliz ser sozinho? 
Sim, pois sei quando vou falhar.

domingo, 1 de abril de 2012

Contos Sem Fim I

Em um reino bem, bem distante, uma rainha poderosa tinha acabado de dar luz a seu décimo terceiro filho. Frustrada por não conseguir ter uma menina, a rainha começava a se desperar. Alguns anos atrás, havia prometido a uma bruxa que lhe daria a oportunidade de se casar com o príncipe, se mais tarde, desse a ela uma menina.

E conforme o tempo foi passando, a bruxa finalmente veio buscar o preço dado. Descontente pela rainha não poder lhe entregar uma menina, amaldiçoou os treze meninos, transformando-os em corvos.

Desesperada por uma solução, a rainha procurou por ajuda até encontrar um velho sacerdote que lhe ajudaria sem troca de favores complicados. Avisou a ela que ao dar luz ao 14° bebe, uma menina viria para iluminar aquele castelo obscuro pela ausência dos meninos. Ainda instruiu que quando a princesa atingisse seus doze anos, deveria ir para a bruxa, serví-la como uma menina muda pelos próximos dois anos e só assim, quebraria a maldição de seus irmãos.

Esta princesa que mais tarde nasceu, aprendeu a amar, e acima de tudo, amar seus irmãos que em forma de aves, sempre a observavam. Ao completar seus doze anos de idade, ela partiu decidida a recuperar seus irmãos.

Bateu na porta daquele pequeno casebre da bruxa e se instruiu como uma servente, uma servente esperta mas muda.

Paciente, passou pelos momentos mais difíceis da vida onde poderia ter seus irmãos por perto, uma solução possível, mas nunca pode falar absolutamente nada. Silêncio que mostrou sómente uma prova, o seu amor por eles.

Nesse meio tempo, a bruxa acabou caindo num buraco que a floresta lhe pregou, perdendo a vida. E mesmo assim aquela maldição não se desfez. A última opção que sobrava, era de permanecer até cumprir a data do silêncio.

E assim quando aqueles dois anos se completaram, um a um, seus irmãos desceram das árvores e ficaram de frente à Princesa, seus corpos retornando à forma humana. Emocionada com a cena, pela primeira vez em anos, a Princesa Silenciosa chorou soluçando fortemente enquanto foi abraçada por todos os seus treze irmãos.