domingo, 2 de agosto de 2015

Prólogo de um renascido

Me sobrou apenas um instrumento que posso tocar sem afetar o som. Minha flauta transversal que por anos tinha sido apenas algo secundário tornou-se completamente o único instrumento que posso usar. Enfim... era para eu estar morto. Meu corpo não passa a ser mais o que era antes, e agora sou apenas barro maculado e cinzas. Depois de tanto tempo sendo torturado, eu não consigo ter memória do que aconteceu depois.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

domingo, 6 de abril de 2014

Dragão da Tempestade

     Vil, maléfico e cruel... uma criança que cresceu com uma natureza honrada, mas de pensamentos maculados pela maldade. Servo fiel de uma criatura sem escrúpulos e digno a ser um dos animais domesticados da maldade em pessoa, foi arrastado contra a vontade. Quem era esse ser? Era o primeiro a se erguer contra a maldade, uma esperança?

     Tanta maldade por anos levou os humanos a se erguerem. Primeiro, um paladino, depois veio o templário. Ambos ensinaram à criança sobre a vida, as etnias, as diferenças culturais e ao mesmo tempo a sabedoria.

     Agora adolescente, juntou-se à ordem de seus tutores. Os irmãos haviam conseguido seguidores e alunos. Travaram inúmeras guerras, mas os ideais começaram a se divagar, e apesar dos irmãos protegerem a mesma humanidade, resolveram seguir caminhos diferentes.

     O adolescente vivenciou tudo. E também presenciou o fim daquele ser que se entitulou a maldade encarnada. Os irmãos nunca mais se falaram, e assim permaneceu essa separação por anos. Cada um fundou uma cidade com aqueles que resgataram e salvaram. Cada um unificou o quebrado em apenas uma peça, cada teve sua família e cada um pereceu com o tempo como qualquer mortal.

     Agora era a fase de ser jovem e compreender melhor a vida dos adultos. Trabalhar, existir, sentir e viver faziam parte do cotidiano. Era responsável por caçar os remanescentes da ordem vil. Era treinado, não tão experiente, mas capacitado com um grande talento racial que sempre ocultou, uma vez que agora parecia um humano.

     Viu nessa fase, o que a manipulação e a compreensão distorcida são capazes, também sentiu da pior maneira o que a mentira poderia causar. E assim viu o legado do irmão mais velho tornou a rumar num caminho distorcido. Seguiu o novo líder, mas a verdade uma hora chegaria. Rebelou-se contra a ordem e viu que o legado que seguiam era outro. E lutando desta forma, pereceu ao se rebelar.

     Muitos outros se rebelaram depois deste. Viram a face real e a ordem do irmão mais velho lentamente evanesceu. O que restava agora era apenas um conjunto dependente de sua população e a fé que transmitia.

     Vingança... quem são estes que estão lhe oferecendo uma chance nova? Inimigos antigos? Vingança martelava-lhe o tempo todo... E aceitando esse destino, aceitou a oferta com gosto, indo contra o seu aprendizado em todos os sentidos. Sua natureza clamava por aquela oportunidade, seu lado humano ganhava a culpa. Obrigado a se separar, embraçou a morte enquanto seu lado humano seguiu a vida.

     O que havia acontecido? Estava de volta ao seu lar, o começo de tudo. Nada... haviam saqueado tudo. Quanto tempo tinha se passado? Por que estava vazio? E o pior, era jovem ainda.

     Por anos divagou... as ordens separadas tiveram rumos diferentes, uma geração transpassou o poder. Ainda sim, não tinha mais para onde retornar. E o primeiro passo, o orgulho de sua raça, era recuperar toda a riqueza. Assaltou, bateu e engajou contra os saqueadores e restaurou uma boa parte de sua coleção toda.

     Riqueza em larga escala... qual era o motivo de tudo isso? Sentia a falta de seguir aquela ordem de antigamente, daqueles irmãos que mais que precisava agradecer a família por ter providenciado motivo por tantos anos. Ponderou por anos a seguir até um dia infortuno cair a uma tribo escravagista se estacionar próximo a seu lar. Eram tantos escravos engaiolados que seu lado humano gritou. Seu sangue bombou mais forte, suas mãos almejavam por acabar com aqueles seres que traficavam pessoas. Sua experiência lhe ajudou, mas não possuía mais aquele toque que tinha antigamente, teve de seguir completamente os seus instintos e força. E mesmo assim o combate não provou ser de grande dificuldade, apesar de ganhar uma bela coleção de cicatrizes.

     Agradecidos... estavam agradecidos a estarem livres, muitos se quer possuíam um lar para retornar. Eram escravos de variadas etnias, mas de grande maioria sme lar por causa de uma guerra. E sem aonde ir, o jovem deixou que pudessem se abrigar em seu lar.

     Por anos não teve contato social e por muitas vezes teve problema em se expressar. Aqueles seres precisavam do mínimo necessário como água e comida. E assim o jovem decidiu aplicar sua riqueza no primeiro passo, deixar seu lar mais habitável.

     Anos se seguiram assim, resgatando prisioneiros, libertando escravos com compra ou engaje de combate. Seu lar tornou-se pequeno e foi necessário levantar paredes. Sua riqueza acabou se esgotando nesse processo todo até que finalmente os moradores eram auto-suficientes. Havia muita importação e exporação que se tornou o início de uma grande rota comercial.

     Existiu uma pequena fração no tempo em que aqueles que se salvaram da punição de Tymofarrar e seu filho conseguiram finalmente retornar ao continente. Captivados por anos, não mais possuíam para onde retornar. Aqueles que não procuraram um local de imediato, foram convidados a permanecerem no Lar-Cidade. Muitos vieram mais tarde após viajarem e aprenderem a história local. E dentre elas veio também duas figuras que sempre acabavam de baixo das asas do jovem adulto.

     Um pouco antes de ser adulto, o neto do templário ergueu-se ao poder e este finalmente estava seguindo os passos de seu avô. Este foi o primeiro passo para retornar a algo que estava acostumado. Seu lar agora era uma cidade, e a regência era necessário só para eventos muito importantes. E seguindo sua vontade, foi atrás desta geração atual que já se encontrava na faixa adulta.

     Foi nessa mesma época também que conheceu a garota que seria sua aluna. Fugitiva de uma nação violenta e de tradição forte. Os fracos ou diferentes não tinham chances de ganharem seu lugar.

     Foi aceito para passar por um período probatório até se tornar um General, título dado diretamente pelo neto. Título que nunca tivera antes naquela ordem do irmão mais velho. Sua vida nova levou um começo sutil onde se quer imaginava a falta de paz pela frente.

     Foi investigador por muito tempo e também teve muitas oportunidades de mostrar o quanto era hábil. Seu período probatório se passou na época que um orgulhoso comandante se tornou o braço direito do neto que era imperador. O jovem adulto respeitou a senhoridade deste comandante e o seguiu de forma sutil e discreta. Forma que mais tarde se tornou uma grande arma a favor do imperador mais tarde.

     A criatura vil que outrora queria adotar o jovem adulto como seu animal de estimação quando era pequeno, ressurgiu e trouxe muitas mortes. Sua aparição foi o estopim de vários incidentes e eventos inesperados, inclusive da família real partir em diferentes direções, direções que nunca mais se ouviu, salve pelas crianças bastardas.

     Leal ainda à família, resolveu finalmente procurar os herdeiros e comparar a idade. A mais velha estava próxima e foi fácil de colocá-la no lugar de seu pai, sendo assim a primeira bisneta do irmão templário a suceder o trono do império. Logo no dia seguinte, pode ver a tentativa de tomar o poder pelas mãos do comandante. Aquela sutileza discreta foi a maior arma para evitar um massacre.

     Movimentos que alteraram o rumo do Império e uma nova Imperadora seguiu para o trono. Agora era a bisneta do fundador. E hoje, embora não preparado, essa cria que um dia foi vil, aconselha essa Imperadora.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Muitas vezes vagando e viajando por muitos locais diferentes, por mais que uma pessoa possa carregar o sorriso e o entusiasmo de conseguir conquistar as pessoas, uma hora essa pessoa cai. Sabe por que? Porque ela entende que por mais que se esforce, existem momentos que não será aceita, que seja no grupo, no ambiente, na família. na rotina, na vida... 

E este ano é o ano negro para mim. Quem diria... sendo bardo por tantos lugares mas a melancolia me apanhando de uma forma tão forte assim? O que está me fazendo companhia agora? Uma pequena lamparina de óleo, meu tinteiro de costume... e o quarto de madeira. Aliás se quer posso chamar quarto... afinal o único lugar que sobrou é essa dispensa no fundo de uma taverna. Todos os quartos estão tomados.

Quem diria... esse vazio dentro de mim... O que é bom dura pouco. Então deveria estar em busca constante pelo jeito.

sábado, 24 de agosto de 2013

Desabafo do Autor pt.2

Ahh.... a melancolia da noite. Ela tem me visitado com certa frequencia. Devem ser muitos problemas acumulados como da última vez que a tive com tantos dias acumulados. A falta de dormir com decência, pessoas estarem azedas, mágoas da vida acumulando nas costas... poderiam ser muitos problemas.

Mas acho que a falta de companhia deve fazer isso.... maldita vida de adulto.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Desabafo do Autor pt.1

Aí chega aquela hora da noite que você fica mais sozinho... e pensa... hora do FAP? Não chessus u.u eu sofro de TDA. Difícilmente tenho conseguido dormir ultimamente. Acordo várias vezes durante a noite e dá para contar nos dedos as vezes que lembro quando sonhei. Mas essas horas antes do Morpheus vir te assombrar, passa na sua cabeça não só o que aconteceu nos últimos dias, mas na vida. Dá um desanimo feio durante essa hora e você lembra que simplesmente a vida deixa tudo muito, mas muito mais longe.

E no fim você mais comprova que as pessoas são daquela forma porque simplesmente algo ferrou com elas no passado ou são nascidos do mais azedo e amargurado ambiente - entenda-se gente ruim mesmo.

Acho que poucos frequentam esse lugar, mas não tenho intuito de fama ou seguidores, apenas quero um mundo que não seja tão acizentado, com pessoas que não prejudiquem outras e que o egoismo seja mais ameno.

Sonhos... o que foram os últimos sonhos que tive? Sei que o ser humano tende a esquecer, mas o último foi sobre uma invasão de zumbi que eram apossados por espíritos malignos. Minhas armas comigo, sem pânico!

Ahh, mas que desânimo... fui influenciado a escrever bastante, e talvez seja uma das poucas coisas que restaram. Mas que estado deprimente. Cansei de escrever por hoje.

domingo, 11 de agosto de 2013

Pensamentos alheios

Por mais que a sociedade permita, desfruto dela da maneira mais suja para sair por cima. Pessoas são usadas o tempo todo. As vantagens que a presença de cada um pode trazer... No fim, todas não passam de um instrumento. Sim, eu usei cada um para conseguir o que queria e agora... agora meu legado é deixado para outros. Uns que vieram antes, outros que vieram bem depois. Mas aquele que herdará todos os pensamentos, a inteligência, o carisma, a falta de compaixão... se encaminharão para o estudante

Leal e juiz, começaste contigo, e continuarás contigo, Joshua.

Manipulador e interesseiro, deixo contigo minha personalidade, aluno.

Gentil e bondoso... és para tu que deixo a proteção de uma aprendiz de curto período. Proteja-a, afinal a ama mais do que tudo. Proteja-a nesta maré sem fim de má sorte, Astraeus.