segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


Agora mesmo, aguardo ela a retornar depois de sua prova dos 20 dias. O que será que aguarda ela nessa floresta tão densa de Neverwinter? Eu confesso que é raro uma genasi do ar aparecer nestas regiões da Costa Leste. Deve ter sido estranho para o Círculo e ao mesmo tempo interessante.
Seu temperamento forte e a dificuldade em se envolver socialmente deve deixar ela em paz, estar em meio à natureza sozinha. 


Essa espera realmente me enlouquece. Será que aprendi a ser impaciente com ela? As vezes tenho vontade de adentrar a floresta sozinho para ir em busca dela e ver se ela não corre nenhum perigo ou apuros. O que faço? Certamente não quero que ela perca esse teste de aptitude e seja desqualificada por causa de minha presença. 


ARGH... acho que vou fumar. Ao menos acalma meus nervos, e talvez não só isso, não? Se eu tivesse ao menos alguma coisa que me fizesse passar o tempo...


Hmpf... e o pior de tudo é que eu ainda estou incapacitado. MALDIÇÃO! 

Relatos de um Bardo II

Incrível como mesmo depos de vê-la mais vezes, acabando caindo de amores por essa pessoa. E ainda sim, ela continua com a mesma pessoa, juntos, enquanto eu fico observando de longe. 

Não posso fazer nada, completamente nada. O amor pode ser bonito e ao mesmo tempo torturante. Toda vez que a vejo, conversamos, me sentia como se ela fosse o único Sol em minha vida.

Estranho que mesmo depois de anos, tendo posto os pés sobre a estrada, nos reencontramos de uma forma tímida e mesmo assim, bastou apenas algumas palavras para conversarmos de novo como velhos amigos. 

Sabe quando tu encontras aquela pessoa que te completa em todos os sentidos e simplesmente está fora de seu alcance? Me senti assim mesmo tendo ela em meus braços. O coração dela pertencia a outro. E o que me sobra diante disso? Apenas um pequeno sorriso triste, sentado no gelado chão e encostado em uma árvore que mal me dá apoio. 

A noite é fria e aconchegante. Selune com certeza me faz companhia todas as noites desde que entrei para estudar com Oghma

Meu peito dói, minha garganta prende-se num nó, meus olhos lacrimejam sem parar. E pensar que ela ainda preferiu pensar naquele homem mesmo nos últimos momentos de vida.



sábado, 18 de fevereiro de 2012

Relatos de um Bardo I

Esse fato ocorreu há um pouco mais de 20 anos atrás de minha vida. Foi a primeira vez que toquei os pés num outro plano. Estranhamente compartilhava muitos traços de onde nasci, mas carregava linguajares diferentes. Foi a primeira vez que pude ter contato com algumas raças raras e também foram os meus primeiros passos após me tornar harpista. 


Bom, exatamente com o que coletei, consegui guardar pequenas amostras de três tecidos raros que existem como praga infestante. Pelo medo dos próprios humanos, afastaram-se da melhor maneira possível para evitar contato. Estranhamente, os próprios extra-planares também evitam de se aproximar.


O primeiro deles... de forma comum foi a licantropia. É uma maldição que ocorre, e em muitos casos, tive a sorte de não me tornar uma. E curiosamente ele se alastra com os ferimentos que os lycans podem causar. O grupo que foi comigo investigar, bem, todos se tornaram após uma batalha.

O segundo grupo são os mortos-vivos. Todos acham que é magia profana quando os mortos vivos andam a procura de qualquer coisa, obedecendo cegamente os seus senhores. Bem, nesse local onde visitei, mortos-vivos era uma doença. Uma vez que contagiado, a pessoa passava por um período de degeneração mental, até se tornar um ser que procura por comida apenas. Terrível...


Por último, eu mal consigo achar a explicação certa, mas das três vezes que arrisquei a visitar o local, as coisas eram diferentes. Eu acho que a evolução tornou-se parte do objetivo desta raça que desesperadamente engole suas vítimas e fragmenta em informações em busca de uma forma perfeita. Eu... sinceramente espero não encontrar mais os filhos da rainha. 


Uma pena que tenha tanta pressa, mas gostaria de continuar meus relatos... Meu olho perdido está sendo curado. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Campeonato de bebida


Por muito tempo bebi, bebi para poder esquecer o que tinha acontecido. Bebia só para saber que esquecia. Aproveitaram-se de mim, me roubaram, fizeram de tudo. E o que restava, era expulso da taverna por não poder pagar nada. E o pior? Estava no auge da minha adolescência.

Sinceramente, hoje eu não me arrependo, pior, me divirto. Mas álcool perdeu seu significado. É bom para tomar só para sanar as dores e para me fazer com que possa descansar depois de um dia longo e pesado.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Seres Peculiares Parte IV

Saudações minhas àqueles que mal existem, e os poucos amados. Hoje falarei de uma interessante elemental chamada Ayrith, que compartilhou muitos alvos ao meu lado em jornadas em que nunca imaginei onde ia. Introvertida com sérios problemas de comunicação, essa genasi do ar tornou-se uma mulher diferente das que fácilmente caíam sobre meus braços. 

Não é alguém muito paciente, e isso faz jus às habilidades de arqueira, disparando flechas de maneira tão rápida. Ouso dizer que é uma pessoa com sérios problemas de insegurança, preferindo não lidar com relações sociais. É uma pena que seja assim, afinal possui uma beleza muito diferente. 
Essa cicatriz que carrego sobre meu peito, bem pequeno aqui, é de uma flechada que essa louca disparou. Pois bem, pelo menos naquele dia, a atuação funcionou bem. Deu para evitar um mal pior com um custo meio carinho. Me deixou numa situação em que QUASE precisei rezar.

Uma pena que seja tão independente. Ela seria uma excelente arqueira quando precisar...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vazio nada preenchido

Por muitas vezes, até mesmo depois de ter conseguido o que lutei por anos, acabo deparando-me mais de uma vez com um vazio enorme que até então estava ocupado com meus tolos objetivos. Muitas vezes até mesmo a mente mais sábia acaba caindo num abismo onde vai se sentir perdido, sólo, com frio e à procura de algo acalentador. 

No dia que finalmente achei que tinha terminado tudo o que fiz, senti finalmente um vazio começar a me devorar de dentro para fora. Ele foi retirando cada fôlego que tive para respirar, ele me retirou todas as cores que enchergava, e me retirou o que mais prezei por amor, por tolisse, por ignorância e por conceitos racionais.

Fui tolo todos esses anos em acreditar que eu poderia ser feliz sólo. Me enganei, e é um caminho que não tem mais volta. Sinto saudades de um anjo da raça dos criadores, sinto saudade de uma forasteira, sinto saudades de uma barda que me é símbolo de inspiração e admiração, sinto saudade da gente velha, sinto saudade do que não encontrei. Sinto saudade de viajar, sinto saudade dela, sinto saudade de servir um rei, sinto saudade de ter cuidado dos últimos dela, sinto saudade da minha infância que corri livremente. 

Olho para minhas mãos agora... se tornaram tão habilidosas para que? Posso realizar coisas que jamais pensaria. Posso mesmo inclusive superar até alguns dos mais poderosos feiticeiros. Hoje jogo fora o nome dos Harpistas. Hoje, dou meu primeiro passo para a queda.

Começar a tirar vidas não parece difícil. Ser traiçoeiro também é de uma diversão que nunca poderei medir o quanto me alegra. Sim, tirar dos outros, o que me foi tirado...

Palavras encontradas num pergaminho perdido pelo tempo, por algum anônimo.