quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Venkar

Alguns tremem apenas por ouvir este nome que conseguiu apenas espalhar destruição por onde passava. Astuto? Sim. Esperto? Nem tanto. Talvez esperasse que ele fosse esperto suficiente para não cair nas conversas de um mero bardo. Talvez no fim seja apenas um animal esfomeado atrás de alimento. Talvez o encontro com ele tenha me dado uma visão nova do que me precaver. Pena que são só buracos na memória. As memórias falham, e pouca coisa é lembrada deste dia fatídico. A única fagulha era de que era um mundo diferente, talvez experienciando de forma diferente. Por alguns segundos, aliás dias, tudo foi esquecido. E por estes alguns dias, foi tempo suficiente para sentir uma leveza incomensurável dos ombros.

Talvez o que foi alcançado hoje não existisse se não fosse ela. Talvez... esteja condenando e não perdonado a mim mesmo por aquele dia que vai me assombrar sem parar... Talvez em uma vida melhor.

domingo, 18 de setembro de 2011

Uma noite perdida

Por trás de uma máscara, o ator sempre esconde seu rosto verdadeiro. Por trás de palavras e encenações, o ator pode fingir. Mas entre tantas, apenas uma cousa acaba tornando-se verdadeira, e este é o olhar.

Todas as noites a lua foi apreciada, mas só este, vejo este brilho incômodo e sinto-me infeliz. Esta noite, não houve música na taverna, briga, nem bebedeira. Esta noite, quem me acompanha é o silêncio e a solidão. Ambos maiores em pouca luminescência. O frio da noite quase não é apaziguado pela fogueira que diminui lentamente. Num suspiro longo, o sono invade os olhos pesados do dia.

"Era tão divertido caminhar pelas ruas, aprender a tocar instrumento e por mais que seja ruim, as pessoas vêm para dar-lhe alguma moeda. Deve ser por que querem que eu pare. Retirar-me depois para a igreja de Oghma não era lá algo interessante. Talvez uma visita para Lady Beth? Apenas alguns anos mais velha e já paladina imperial. É verdade, não canso de admirar a beleza daquela garota."

Uma década sem Beth. E ainda assim nada, nada me faz gostar de alguém o suficiente de novo. Vazio que me tira a concentração, dai-me chance para descansar. Talvez eu no fundo deva ter seguido o caminho do feiticeiro. Sinto muito Beth...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Equipamentos II: Emerick, a Espada Longa

   Tão curioso... De todas as armas exóticas ou mágicas, poucas pessoas viram uma com personalidade esnobe. Possui uma personalidade difícil para quem não o conhece. É dificil de ler o que pensa, o que sente, mas certamente seu tom de voz denuncia tudo. Diz ele que a lâmina é como seus dentes, e o metal é sua língua. Pode sentir tantos sabores, mas não se alimenta delas. Não, nunca tentei fatiar um bolo ou uma fruta com esta espada, acho que ele ficaria bravo, afinal, prefere sangue. E o mais engraçado é que prefere o MEU sangue. 

   Emeric foi encontrada justamente com um amontoado de demônios. O que eles queriam? Vai saber... Mas posso afirmar de uma cousa... Desde que nos juntamos, nos envolvemos em muitas encrencas. Se um dia acabar caindo em Cania, vou querer ter este amigo ao meu lado. Afinal, na morte, todos morrem sólo, não?

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Equipamentos I: Mochila de Erevan Ilesere e Mystril

Quando essa mochila foi criada, ou quando ela passou a existir é um mistério. Apelidado de Pochi, por Thysyrael, essa mochila possui vida própria, assim como vontade própria. Seu comportamento se assemelha muito aos Mímicos, baús antigos que eram considerados como criaturas que possuíam fome por raridades e tesouro, porém está personalidade está ausente em Pochi pelo motivo de guardar algo em especial que poucos conhecem.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Relatos de memórias

Aribeth... afinal, foi ela que traiu? Ou foi ela, a traída? Foram seus últimos dias que realmente pude ficar ao lado dela. Mas por que desta forma? Por que tinha de ser assim? Ela era a última da nossa vila. Sou eu o último do sangue eladrino de Neverwinter Wood? Os elfos, vizinhos, já não compartilham mesmo bondade, foi melhor
ir para a civilização humana não?


6 dias para a Execução
Aribeth tinha se redimido naquele caos que estava Neverwinter. A heroína de Neverwinter tinha feito seu trabalho, salvou o local e trouxe Aribeth de volta, que buscava por pagar seus feitios...A heroína foi de fato minha inspiração para me tornar um bardo mais tarde. Agradeço a ela profundamente. 
Com Aribeth atrás das barras, e Neverwinter finalmente com paz, os assuntos mais importantes foram a segurança e a restauração da cidade. Foi naquele dia que fiquei de tomar conta de Aribeth. Ex-Paladina de Tyr e agora, bem... uma guarda negra. Pouco a pouco aceitou suas condições e a prisão... Ao final do dia, foi julgada e sentenciada à morte com execução pública. 


5 dias para a Execução
Apartir do sexto dia, muito mudou naquela bela e jovem mestiça...

- Eu... eu realmente não devia ter me entregue. E-eu, eu não estou pronta para morrer! F-foi um erro eu ter aceitado me redimir, me entregar! O que eu estava pensando?
- E-Eu posso pensar num plano para fugirmos... Lady Aribeth! - Respondi a ela. Estava encantado aos traços dela. Aribeth era realmente uma mulher atraente...
- Fala a verdade? Qual teu nome? 
- Eu, eu me chamo Haranel. E sim, posso pensar num plano. Sou um guarda, sei como fazem as rondas.
- Então... o mais rápido que puder!

Naquela noite, eu passei em claro pensativo e planejando como podia dar liberdade a ela... cada segundo do que acontecia era sagrado.


4 dias para a Execução
O dia começou diferente, não esperava nada de como Aribeth iria reagir. Ao chegar minha hora de tomar conta da prisioneira, a mesma parecia um animal feroz tentando fugir de sua gaiola. Ela tinha jogado tudo o que podia contra as barras, para tentar fugir. Ameaçou de vida um dos guardas, demandando que a soltassem. 

- Como podem me deixar aqui? Não achei que fossem realmente me colocar para ser executada! EU QUERO NASHER AGORA E AQUI para encher aquele velho de socos e amaldiçoar até a alma dele! TU! GUARDA de AGORA... Haranel! ME TIRA DAQUI AGORA! Seu filho bastardo, impuro, fraco... SUJO! Como ousa não fazer nada para proteger alguém da sua própria espécie? 

Tenho que confessar... diante da ira dela naquele dia, não pude nem me comunicar com ela, mesmo com as refeições que ela recebia, quantias ínfimas, ela jogava tudo na minha face. A olhava com pena e no fundo do meu coração, como aquela visão... me apertava demais. 


3 dias para a Execução
A raiva tinha se dissipado. Quando cheguei, a ex paladina encontrava-se de joelhos, rezando para Tyr, que não mais lhe ouvia. 

- Tyr, sei que pequei, fiz maldade, meus atos causaram vidas de muitos... mas estou arrependida profundamente. Por favor, me mostre a luz... prometo nunca mais reagir desta forma. Pode me punir severamente, mas por favor, me deixe sair deste local...

Ao que cheguei na cela, para dar o almoço dela, a mesma me recebeu tão bem... ainda me acariciou com suas mãos machucadas do dia anterior e agradeceu a comida. Fiquei esperando calmamente, sentado em frente à cela enquanto ela comia aquele pão preto. 

- Haranel, eu... como anda o plano? Dá para fugir? Eu... eu juro que se conseguir fugir... eu faço qualquer coisa. Por favor... me tire daqui... Juro que serei de grande ajuda. 

Aribeth... dá para lhe soltar no dia do julgamento, há uma quebra quando todos os guardas e soldados são chamados... já barganhei...

- Ahá! Que ótimo! Tu és meu salvador, meu herói, Haranel!

Naquela noite, eu retornei para minha cama, feliz. Só precisava chegar o dia em que pudesse escapar com ela. Finalmente poderia então confessar meu amor por ela... amor que senti desde quando éramos pequenos.


2 dias para a Execução
Simplesmente foi um dia diferente de todas as outras. Aribeth estava sentada no da prisão, seu corpo jogado e apoiado na parede. Não comia, se quer movia a boca para aceitar a comida que tentei dar na boca dela. Seus olhos lacrimejavam bastante e foi assim o dia inteiro. Ela estava fraca, e tinha se alimentado pouco, mas não era para chegar a esse ponto... Ainda assim, tinha minha ansiosidade para o dia seguinte. Alguns dos guardas até cogitaram de violar o corpo dela e se aproveitarem disso, mas apartir desse dia, resolvi assumir a cuidar da ex paladina o tempo todo. De uma maneira ou outra, menti e consegui dizer que fiquei com o corpo dela para mim mesmo. Acreditaram veemente nisso, mas não era verdade. Ao menos tive bem mais oportunidade de ficar ao lado dela nesse dia. 


1 dia para a Execução
Foi neste dia seguinte que Aribeth, falou bem baixo com sua voz semi rouca.

- Sabe.... Hara...nel? Issso.... não... vai ser algo... tão ruim... assim... Eu... eu estou bem assim... 

As palpebras dela fechavam e se permaneciam mais tempo do que de costume. Tinha um ar de cansaço. Comeu o pão sem muita vontade, seria o dia perfeito para aqueles guardas fizessem o estupro, porque a prisioneira não ia reagir mesmo. Como eram 'salas' separadas e individuais, pude ficar com ela nos meus braços quando sabia que nenhum superior iria brotar. Tive ela deitada em meu peitoral por boa parte da tarde, até que tive de dar espaço ao descanso do meu corpo. 


A Execução
Esse dia é aquele que eu mais sinto profundamente como uma culpa de peso que carrego nos meus ombros. Meu plano estava perfeito, dava para fugir com a ex paladina. Para as árvores ao menos, haveria uma chance para fugir da ira de Nasher e depois... descer para Waterdeep. Era chegado o momento da fuga. Minha obrigação era prendê-la e levar Aribeth para o palanque da execução pública. Mas não ia ser isso que estaria para acontecer... é o que achei...


- Vamos Aribeth... é essa a nossa única chance!


Mesmo com a cela aberta, o túnel para a liberdade em frente a ela, a ex paladina se negou e me puxou para perto dela. Descansou a mão sobre meu rosto por algum tempo, até que meu superior mostrou as caras por causa da demora.

- O que está acontecendo? Guardas! Prendam o recruta e tragam a prisioneira agora!

Aribeth foi levada e recebeu algumas horas depois sua execução, por trair em nome de outro traidor e por ser cúmplice da organização que espalhou a praga de Waterdeep. 

Quanto a mim? ... Bom, fui torturado pelos próximos dias, mas como eu não reagi, me jogaram para o lixo do Castelo de Nasher. Eu não merecia uma execução, eu não merecia tanta atenção, era apenas uma única formiga no meio de tanta terra. Uma formiga operária. 

Sinto muito lady Aribeth...
- MAS QUE DROGA! EU ODEIO A JUSTIÇA COM TODA MINHA FORÇA... EU ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, ODEIO, MAIS QUE QUALQUER COISA!

Sabe-se que mais tarde, o herói de Waterdeep voltou dos mortos com a ajuda de uma Drow e Aribeth para derrotar Mephistopholes. E que o espírito da paladina, aguardou o herói que envelheceu e morreu nos braços dela, para finalmente partirem para onde as almas fiéis de Tyr poderiam descansar. 

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Seres Peculiares Parte III

Bom, entre outras cousas pela frente, meu melhor encontro foi com uma barda. Isso mesmo, uma barda! Quem diria, encontrar uma de minha espécie por estas terras, hm? É um ser comico, que jamais vi antes, rio em sua presença e me diverte bastante e ouso dizer que ela é mais ousada que minha pessoa. Rana Wen Lairglaer... não vou me esquecer tão cedo dessa criatura tão comedida. Embora com pouco tempo, foi divertido poder encontrá-la e trocar nossas farpas.
Embora ainda não tenha muito o que falar dessa criatura, tenho que admitir que é de meu gosto. Simplesmente gostaria de tê-la conhecido antes. Ficaria bem menos solitário como menos desconhecido nestas terras, acho.
Hm... alimentem o fogo sim? Pensarei sobre quem falarei neste próximo movimento.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Seres Peculiares Parte II


Os fogos se estralam ao queimar as madeiras secas dos gravetos recolhidos. Iluminando a noite longa e estrelada, o bardo continuava a recitar sobre uma outra figura...

...Não os encontrei diretamente nesta ordem... mas cito seres interessantes ao longo do tempo e de novo, outra me apareceu atrair a atenção. Fianna é seu nome e é uma Justiceira. Não sei ao certo seu cargo como uma Justiceira, mas ela cumpre o esterótipo que os guerreiros possuem de nossos tipos, tipos como cantores, poetas, músicos, ou seja, não deve compreender muito como podemos ser úteis, especialmente quando ofereci ajuda e pedi para ela que me providenciasse um palanque e alguns amplificadores para que minhas músicas pudessem chegar aos soldados dela e mesmo aos inimigos. Bom, para a falar a verdade, a arma mais mortal do bardo é seus instrumentos e sua voz. Podemos desde infusionar magia nos instrumentos, como podemos usar música para dar ao nossos aliados, uma força maior. Tantas coisas, tantas coisas...

Fianna é uma mulher madura e regente de uma cidade chamada Renascer. Um nome peculiar, mas considerando o passado dele, um tanto intrigante.

É triste saber que dentro de um grupo tão grande, existe ainda muitas diferenças e incompreensões ainda, alguns chegando a resultar em julgamentos. Fianna em especial, realmente possui problema com isso. Espero que ela mude de 'departamento'. Pessoalmente, espero que não fique com problemas.

Seres Peculiares Parte I


Engraçado como existem figuras um tanto interessantes, jovens e crianças que sentam em volta dessa fogueira. Aproximem-se, e ouçam coisas que tenho a falar e cantar...

Começo hoje... com um ser, mas não um ser qualquer. É um ser... velho! Ele possui muita experiência, mas é careca. Tem o dom de falar de forma antiga, seu nome é diferente e seu sangue é humano. Velho... velho... coelho? hmmm não. Mas sim um velho templário que lutou ao lado dos criadores. Possui um ar sábio e inteligênte, mas vive ocupado. As vezes me pergunto... será que não chegou a hora desse velho aposentar sua armadura e espada? hmmm tantas histórias num corpo só.

A verdade que esse velho guerreiro já passou para a outra vida. Sim... sim, deixou de existir, deixando seu corpo, mas havia muita coisa a se fazer. Sendo um líder, ainda tinha sua importância.

Os anos se passaram, Vovôltaire não é mais o mesmo, está cansado. Espero que encontre logo sua aposentadoria dentro daquela burocracia.

Seres Peculiares... são tantos seres que foram vistos, ainda hei de ver outros, engraçados, ranzinzas, comicos, nervosos, impacientes e sedutoras. Vários...