domingo, 12 de fevereiro de 2012

Vazio nada preenchido

Por muitas vezes, até mesmo depois de ter conseguido o que lutei por anos, acabo deparando-me mais de uma vez com um vazio enorme que até então estava ocupado com meus tolos objetivos. Muitas vezes até mesmo a mente mais sábia acaba caindo num abismo onde vai se sentir perdido, sólo, com frio e à procura de algo acalentador. 

No dia que finalmente achei que tinha terminado tudo o que fiz, senti finalmente um vazio começar a me devorar de dentro para fora. Ele foi retirando cada fôlego que tive para respirar, ele me retirou todas as cores que enchergava, e me retirou o que mais prezei por amor, por tolisse, por ignorância e por conceitos racionais.

Fui tolo todos esses anos em acreditar que eu poderia ser feliz sólo. Me enganei, e é um caminho que não tem mais volta. Sinto saudades de um anjo da raça dos criadores, sinto saudade de uma forasteira, sinto saudades de uma barda que me é símbolo de inspiração e admiração, sinto saudade da gente velha, sinto saudade do que não encontrei. Sinto saudade de viajar, sinto saudade dela, sinto saudade de servir um rei, sinto saudade de ter cuidado dos últimos dela, sinto saudade da minha infância que corri livremente. 

Olho para minhas mãos agora... se tornaram tão habilidosas para que? Posso realizar coisas que jamais pensaria. Posso mesmo inclusive superar até alguns dos mais poderosos feiticeiros. Hoje jogo fora o nome dos Harpistas. Hoje, dou meu primeiro passo para a queda.

Começar a tirar vidas não parece difícil. Ser traiçoeiro também é de uma diversão que nunca poderei medir o quanto me alegra. Sim, tirar dos outros, o que me foi tirado...

Palavras encontradas num pergaminho perdido pelo tempo, por algum anônimo.

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